domingo, 27 de setembro de 2009

Chapa Arueira






Universitários conquistam a meia-passagem burocratizada

O Movimento Estudantil pegava fogo em 1984, ano em a Gestão do DCE-UFPa Arueira - cujo slogan era "É a volta do cipó de Arueira no lombo de quem mandou dar" encaminhava a sequência de manifestações pela meia-passagem com apoio da CBB, Da-FICOM, Da-Fcap, Umes e Ubes. Nos últimos dois anos 83 e 84 foram várias as passeatas e operações pula-roleta e só no dia 11 de junho de 1985 foi que o governador assinou aditivo ao decreto da meia, estendendo a meia-passagem em forma de 44 tíquetis ao universitários. O jornal Ensaio do DCE - UFPa, agosto de 1985, p3, diz claramente que o governo sempre colocou todo seu aparato militar para reprimir as manifestações estudantis e, ainda diz, que o próprio governador agrediu o então diretor do DCE, Valmir Santos. Além de serem contra a forma de meia-passagem burocrática que o governo concedeu por pressão estudantil, os estudantes não se conformam com os 44 passes, pois argumentavam que quem pagasse dois ônibus para ir e dois para voltar das universidades não dava nem para duas semanas. Eles reivindicavam a meia-passagem apenas com a apresentação da carteirinha. E por isso, os estudantes seguiram com as manifestações, passeatas e atos em frente ao Palácio do governo e também com a operação pula-roleta.

Jader entrega meia-passagem a secundaristas

"Foi aqui que comecei o aprendizado em política", assim Jáder Barbalho justificou a escolha do Colégio Paes de Carvalho para a cerimônia de entrega simbólica da carteirinha de meia-passagem. A solenidade contou ainda com a participação de Wilton Moreira, secretário de Educação; Cícero Freitas, presidente do Centro de Processamento de Dados; Afonso Freire, presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos; Manoel Coutinho, diretor da Fundação Educacional do Pará; Mário Martins, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes; além do corpo docente e discente da escola. A carteirinha entregue por Jáder excluía os universitário ao direito à meia-passagem. Segundo ele, era de sua intenção estendê-la aos estudantes de todos os níveis, mais não o fizera porque não tinha ideia de quanto isso custaria aos cofres públicos. Disse ainda que já havia passado o caso para o presidente da Comissão de Transporte Escolar, Paulo Pinho, que considerava que a proposta dos universitários, apresentada em projeto, continha pontos "exequíveis, inexequíveis e negociáveis". O fato é que a posição do Governo do Estado estava comprometida com os empresários. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém, Mário Martins, apenas declarava que a meia-passagem para universitários era um assunto a ser analisado: "Temos que ver o que é possível".
Fonte: A Província do Pará, 9 de maio de 1984

Estudantes Universitários negociam meia-passagem com Jader Barbalho

Em abril de 1984 uma comissão de estudantes foi recebida pelo governado Jáder Barbalho. A comissão foi composta pelos estudantes Rômulo Paes (presidente do Diretório Central dos Estudantes), Kátia Amanajás (Diretório Acadêmico de Comunicação Social), Márcio Meira (D. A. de História), Ricardo Bentes (D. A. de Biologia), Paulo Damasceno (D. A. de Ciências Sociais), Paulo Gaya (D. A. de Administração), Luiz Augusto Almeida (D. A. de Medicina), Luciano Ferras (D. A. de Odontologia), Walter Machado (D. A. da Ficom), Pedro Viana (D. A. do Cesep), Ulisses Vasconcelos (D. A. de Enfermagem), Luis Pingarilho (D. A. de Educação Física) e Ricardo Dias (ex-Diretor do DCE e membro da última reunião entre governo e estudantes). Dias antes, em 28 de abril, Barbalho afirmava que a extensão da meia-passagem aos universitários ainda iria demorar, isso porque, segundo ele, "as finanças do Estado não permitem que seja dada uma solução a curto prazo". Dizia ainda, que não se tratava de "má vontade" do governos, mas sim de cuidado de verificar a possibilidade e atender a reivindicação: "antes de viajar mantive conversações com os empresários a respeito e vamos continuar agora na tentativa de encontrar uma solução" (A Pronvíncia do Pará, 28 de abril de 1984). Após a reunião, o governador garantiu que até o final de maio implementaria a meia-passagem entre os universitários.
Fonte: A Província do Pará, 28 de abril de 1984

Travessia aprova pula-roleta

Gestão do DCE da UFPA de 1983, responsável pela estratégia do pula-roleta, aprovado em assembléia geral com os estudantes no Ginásio de Esporte da UFPA. Nessa assembléia estavam líderes do Cesep, Ficom, Fcap, Umes, Ubes, UAP, etc.
Representantes da chapa: Rômulo Paes, Zé Macedo, João Carlos, Ivana Moraes, Ida, Sandra, Ricardo Pimentel, Gerson, Tatsuo e Ieda.

Carta da UMES aos estudantes secundaristas

Com o slogan : "O povo elegeu e já se arrependeu", estudantes secundaristas fizeram passeata em agosto de 1983 cobrando do Governador do Estado, Jáder Barbalho, meia-passagem, fim da agressão aos que invadiram o Conjunto Jardim Maguary, e foram duros com o Deputado Paulo Fonteles, que acusavam de "puxa saco" do governo. Ânimos alterados, pois quem conhece a história de Paulo sabe que ele nunca pactuou com governo contrário a trabalhadores, estudantes e direitos humanos em geral, tanto que morreu defendendo a reforma agrária. Os estudantes foram ao Palácio defendeu meia-passagem urgente. A carta está assinada pela UMES.

"Meia-passagem só para estudantes carentes"

Fonte: A Província do Pará, 7 de novembro de 1980